Exposição a arsénio em Portugal continental: resultados preliminares do estudo INSEF-ExpoQuim

O arsénio é um elemento naturalmente presente no meio ambiente e que também pode ser libertado em resultado de atividades antropogénicas, podendo encontrar-se na forma de compostos orgânicos ou inorgânicos. O arsénio é considerado pela Organização Mundial de Saúde como um dos dez químicos de maior p...

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Bibliographic Details
Main Author: Namorado, Sónia (author)
Other Authors: Delgado, Inês (author), Coelho. Inês (author), Gueifão, Sandra (author), Ventura, Marta (author), Alves, Clara Alves (author), Castilho, Emília (author), Cordeiro, Eugénio (author), Dinis, Ana (author), Gouveia, Bruna (author), Prokopenko, Tamara (author), Vargas, Patrícia (author), Silva, Susana (author)
Format: article
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.18/8399
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.insa.pt:10400.18/8399
Description
Summary:O arsénio é um elemento naturalmente presente no meio ambiente e que também pode ser libertado em resultado de atividades antropogénicas, podendo encontrar-se na forma de compostos orgânicos ou inorgânicos. O arsénio é considerado pela Organização Mundial de Saúde como um dos dez químicos de maior preocupação para a saúde pública, uma vez que o arsénio e os compostos inorgânicos de arsénio estão classificados como cancerígenos pela Agência Internacional para a Investigação do Cancro. A exposição a arsénio inorgânico ocorre principalmente por via alimentar, através do consumo de água e de alimentos contaminados. Em Portugal são escassos os dados sobre a exposição a arsénio na população geral, pelo que o objetivo do presente estudo é a caracterização da exposição da população adulta portuguesa a arsénio, utilizando amostras de urina colhidas num estudo populacional nacional ( INSEF-ExpoQuim). O presente trabalho incluiu 171 participantes no estudo INSEF-ExpoQuim que forneceram uma amostra de urina para análise da concentração de arsénio total por espectrometria de massa com plasma indutivo acoplado ( ICP-MS ). Observou-se uma média geométrica de 47,1 μg As/L [ IC95%: 41,4-53,5 ] e 8,8% dos indivíduos apresentavam valores de arsénio considerados elevados. Não se observaram diferenças nos níveis de arsénio por sexo, grupo etário, grau de urbanização da área de residência, nível de escolaridade e situação face ao trabalho. Os resultados preliminares obtidos apontam para a necessidade de monitorização dos níveis de arsénio na população portuguesa.