Rastreio da obesidade infantil – três anos de jornadas nacionais

Introdução e objectivos: A nível da Europa, Portugal é um dos países com maior prevalência de crianças com peso excessivo. Como mais uma forma de alerta para este problema, a Secção de Pediatria Ambulatória da Sociedade Portuguesa de Pediatria promoveu uma campanha nacional de sensibilização para a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Prazeres, Tiago (author)
Outros Autores: Luís Fonseca, José (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:https://doi.org/10.25754/pjp.2010.4358
País:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/4358
Descrição
Resumo:Introdução e objectivos: A nível da Europa, Portugal é um dos países com maior prevalência de crianças com peso excessivo. Como mais uma forma de alerta para este problema, a Secção de Pediatria Ambulatória da Sociedade Portuguesa de Pediatria promoveu uma campanha nacional de sensibilização para a Obesidade Infantil com o intuito de rastrear crianças com peso excessivo e prestar informação sobre hábitos de vida saudáveis e prevenção das complicações da Obesidade Infantil. Neste artigo, divulga-se a iniciativa e apresentam-se os resultados obtidos nas três campanhas anuais realizadas entre 2007 e 2009. Material e Métodos: Campanha realizada por profissionais ligados à Saúde Infantil, em diferentes cidades do país, num só dia em cada ano, em locais de fácil acesso ao público em geral, onde foram levadas a cabo as seguintes acções: a) determinação do Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças com idades compreendidas entre os três e os dezoito anos e classificação da obesidade em graus I e II, utilizando as curvas de percentis francesas relativas ao IMC; b) identificação das crianças com obesidade e sua orientação para o médico assistente; c) promoção de hábitos de vida saudáveis e informação sobre o problema. Resultados: Do total das 6985 crianças avaliadas nos três anos, resulta uma prevalência de obesidade de 20% (25,7% em 2007, 20,6% em 2008 e 17,1% em 2009). A obesidade foi mais prevalente na faixa etária dos seis aos doze anos de idade, não sendo encontradas diferenças entre ambos os sexos. Conclusão: Na amostra estudada, cerca de uma em cada cinco crianças apresenta obesidade, sendo que esse número aumenta para uma em cada quatro crianças na faixa etária compreendida entre os seis e os doze anos de idade, onde a obesidade é mais prevalente. A prevenção da obesidade infantil deve constituir uma prioridade de Saúde Pública, sendo necessário implementar medidas nacionais eficazes a vários níveis.