Implicações da Neurocognição e da Auto-eficácia na Predição do Funcionamento Psicossocial de Pessoas com Esquizofrenia

Este estudo teve como objectivos principais identificar constructos neurocognitivos que se apresentam de modo diferencial como preditores de dimensões específicas do funcionamento psicossocial de pessoas com Esquizofrenia, e analisar o contributo adicional da auto-eficácia geral como possível variáv...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rocha,Nuno (author)
Other Authors: Queirós,Cristina (author), Aguiar,Susana (author), Marques,António (author)
Format: article
Language:por
Published: 2008
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312008000400005
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S0870-82312008000400005
Description
Summary:Este estudo teve como objectivos principais identificar constructos neurocognitivos que se apresentam de modo diferencial como preditores de dimensões específicas do funcionamento psicossocial de pessoas com Esquizofrenia, e analisar o contributo adicional da auto-eficácia geral como possível variável preditora. Para tal, constituímos uma amostra composta por 37 pessoas com Esquizofrenia, que avaliamos com uma bateria de testes neurocognitivos e com instrumentos de funcionamento psicossocial e de auto-eficácia. Recorremos a análises de regressão para a obtenção dos modelos preditores, com recurso aos métodos stepwise e enter. Os modelos preditores iniciais explicaram entre 17% e 67% da variância nas diferentes dimensões do funcionamento psicossocial. Os preditores neurocognitivos significativos foram a memória de trabalho, a atenção, a velocidade de processamento, o raciocínio lógico e a memória visuo-espacial. Não encontramos qualquer preditor significativo dos comportamentos de Não-perturbação. Nos modelos realizados com a auto-eficácia, verificamos que esta se constituiu como preditor significativo da dimensão Auto-cuidado e Contacto social. Estes resultados sugerem que a promoção do funcionamento psicossocial (com excepção dos comportamentos violentos ou de perturbação) poderá passar pela intervenção sistemática ao nível do desenvolvimento de competências cognitivas e de percepções mais positivas de eficácia pessoal.