Summary: | Adoptando-se uma perspectiva analítica que permite conceber as práticas profissionais e respectivas identidades como uma realidade social de diferenças, elegeu-se como objecto empírico um grupo de profissionais de enfermagem integrados num serviço hospitalar. Opção que se liga ao facto de o universo de Enfermagem supor a existência de clivagens culturais, com expressão geracional, associadas à evolução do conteúdo técnico-científico e à aprendizagem da prática profissional. Este estudo demonstra a existência de processos sócio-culturais que contribuem para a estruturação dessas diferenças, por referencia às capacidades mobilizáveis dos actores e a trajectórias geradoras de disposições e expectativas não uniformes. Nesse sentido, defende-se a sua pertinência para a análise da dinâmica dos colectivos de trabalho bem como para a definição e implementação de metodologias de intervenção organizacional.
|