Summary: | No desporto contemporâneo é comum encontrar atletas a representar equipas de nacionalidades que não a sua, sendo que em algumas modalidades os jogadores estrangeiros se encontram em maioria em relação aos nacionais. Por outro lado é também comum constatar a presença de atletas que, em virtude de mudança de nacionalidade, representam outros países que não o seu. Estas situações resultam de migrações de trabalho desportivo, em que os atletas à semelhança de outros trabalhadores atravessam fronteiras de países, impelidos por forças sociais, políticas e económicas que os transcendem. As abordagens teóricas feitas a este fenómeno, apesar de recentes, permitem uma compreensão ampla das dinâmicas e complexidades. Este texto propõe-se problematizar as migrações de trabalho desportivo no âmbito das migrações gerais, revisitando as elaborações teóricas que interpretaram esta mobilidade de atletas.
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