A relação entre a vinculação e perturbação pós-stress traumático em jovens com história de trauma

A presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre a vinculação e Perturbação Pós-Stress Traumático (PPST) em jovens residentes em casas de acolhimento. Foi também utilizado um grupo de comparação do meio natural de vida, com semelhanças ao nível socioeconómico. A novidade do estudo p...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Guedes, Denise Filipa da Costa (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/8530
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8530
Descrição
Resumo:A presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre a vinculação e Perturbação Pós-Stress Traumático (PPST) em jovens residentes em casas de acolhimento. Foi também utilizado um grupo de comparação do meio natural de vida, com semelhanças ao nível socioeconómico. A novidade do estudo prendeu-se com: a utilização de uma amostra em que foi exposta a pelo menos um acontecimento traumático ao longo da vida ou a uma experiência adversa (preenchimento do critério A de PPST), bem como a utilização de dois instrumentos, quer da avaliação do trauma quer da avaliação de sintomas de PPST, tendo por base os critérios do DSM-V. Método: O estudo incluiu 189 jovens, dos quais 123 (65.1%) eram estudantes do ensino profissional e 66 (34.9%) eram residentes em Casas de Acolhimento, com idades compreendidas entre 13 e os 17 anos (M = 16.06; DP = 1.23). Os instrumentos administrados foram: Questionário Sócio-Demográfico; Lista de Experiências Traumáticas para DSM-V, Child PPST Symptom Scale – V; Experiências nas Relações Próximas- Estruturas relacionais -ECR-RS e o inventário de sintomas psicopatológicos- BSI. Resultados:Com base nos resultados apresentados a vinculação explicou a variância da PPST, no entanto depois de incluídos na equação os sintomas de depressão e ansiedade esta perdeu a significância. Conclusões: A vinculação não parece ter uma relação direta com a PPST mas sim uma relação indireta, onde outras variáveis que poderão moderar/mediar esta relação. É necessário capacitar os técnicos das instituições do seu papel central ao nível da prestação de cuidados destes jovens podendo estes funcionar como uma “base segura” para estes adolescentes, abrindo a possibilidade de uma reorganização dos modelos internos dinâmicos destes jovens no sentido adaptativo.