Summary: | As infeções fúngicas invasivas (IFI) estão associadas a elevada mortalidade. O diagnóstico numa fase inicial é determinante para o sucesso da terapia. As leveduras do género Candida são os agentes mais frequentes de infeção fúngica invasiva; No grupo dos fungos filamentosos o género Aspergillus e os fungos asseptados da ordem Mucorales são referidos como os principais agentes de IFI, no entanto outras espécies têm vindo a emergir, nomedamente Rhodotorula spp. Trichopoporon spp., Fusarium spp. Scedosporium spp. Devido à falta de métodos capazes de diagnosticar com exatidão as infeções fungicas invasivas o diagnóstico destas infeções deverá ser baseado em várias abordagens complementares que incluem: critérios clínicos, imagiologia compatível, histopatologia, cultura e métodos não culturais (pesquisa de antigénio, DNA fúngico). Os métodos moleculares têm vindo a ser melhorados de modo a assegurar reprodutibilidade intra e inter laboratorial, com vista à sua validação para diagnóstico laboratorial. Perspetivam-se novas metodologias que permitam tornar mais rápido o diagnóstico das infeções fúngicas invasivas e guidelines incluam os métodos não culturais, com vista a melhor adequação da terapia antifúngica. Nesta apresenção serão abordadas as diferentes metodologias disponiveis para o diagnóstico laboratorial das infeções fúngicas, principais vantagens e limitações.
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