Pequenas arquiteturas para grandes túmulos: a microarquitetura no final da Idade Média

A presente dissertação debruça-se sobre o fenómeno da microarquitetura, caraterizado, de forma bastante abreviada, pelo disseminar de formas próprias da arquitetura por uma diversidade de suportes onde não exercem, como naquela, funções estruturais, mas apenas decorativas. Isto é, são representações...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Leal, Telmo Mendes (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10362/20133
Country:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/20133
Description
Summary:A presente dissertação debruça-se sobre o fenómeno da microarquitetura, caraterizado, de forma bastante abreviada, pelo disseminar de formas próprias da arquitetura por uma diversidade de suportes onde não exercem, como naquela, funções estruturais, mas apenas decorativas. Isto é, são representações da arquitetura. Não se tratando de uma criação da Idade Média, nem a ela se delimitando, este fenómeno conhece especial fulgor nos últimos séculos da mesma, sobretudo no domínio da arte tumular, onde tal afirmação se torna mais evidente. Porém, permanece um campo pouco aflorado em Portugal, dentro do estudo da arte medieval. Dessa forma, traçar-se-á um panorama do estado da arte, tanto internacional quanto nacional, da investigação sobre a microarquitetura. Igualmente, partindo do denominador comum da arte tumular, que no caso português se traduz em quarenta e quatro casos onde podemos observar arquitetura miniaturizada, procura-se não só entender e definir o fenómeno, mas também descrever o caminho desenvolvido pelo mesmo. Este percurso é inaugurado na segunda metade do século XIII, onde encontramos as primeiras manifestações sólidas, prossegue pelos séculos XIV e XV e termina no início do XVI, momento em que as formas da arquitetura medieval acabam por dar lugar, enquanto referente, a um novo paradigma, já de feição moderna.