Summary: | O contexto de confinamento pela COVID19, uma situação nunca vivenciada, obrigou as escolas e os professores/educadores a adaptarem-se em tempo record e enfrentar desafios impensáveis até ao momento. OBJETIVO Determinar a relação entre perceções de saúde, alteração e rotinas e preparação para ensino à distância no contexto de confinamento pela COVID19 em professores e educadores do norte de Portugal. METODOLOGIA Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e correlacional. Foi aplicado um questionário online a professores e educadores de infância, lecionando desde o préescolar até ao ensino secundário. A amostra incluiu 302 professores/educadores, sendo 245 mulheres e 57 homens, com as faixas etárias predominantes dos 41 aos 50 (43,7%) e dos 51 aos 60 (38,1%). O nível de ensino de lecionação predominante foi o secundário com 27,8%. Procedeu-se à análise estatística descritiva e utilizando o teste de X2 e a correlação de Pearson para determinar a relação entre a perceção de saúde e alteração de rotinas e preparação para ensino à distância, com recurso ao programa SPSS, versão 26.0. RESULTADOS Quanto à perceção de saúde a maioria dos professores considera-se com saúde razoável (43,0%) ou boa (28,8%), havendo cerca de 20% que a considera má. A maioria (63,9%) não manteve as rotinas diárias com a sua família, assim como não se considerava preparado para trabalhar à distância (59,9%). Encontrou-se uma correlação significativa moderada e positiva entre a perceção de saúde e a manutenção das rotinas diárias e a preparação para trabalhar à distância (r=.337; r=.238; p<.0001). CONCLUSÕES Os Resultados fornecem uma base de reflexão quanto ao modo como estes profissionais, na tentativa de dar as respostas pedagógicas exigidas de imediato, sentem fragilidade da sua saúde, o que deverá merecer um “olhar” atento e cuidado por partes das direções da educação e da saúde e quiçá um acompanhamento e intervenção pós situação de crise.
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