Summary: | O conceito de seguro surge na antiguidade e advém da necessidade das sociedades fazerem face às adversidades que provêm de acontecimentos aleatórios a que a vida humana e as suas atividades estão sujeitas. Esta necessidade de transferência de risco para outra entidade surge inicialmente ligada a bens mas com o desenvolvimento das sociedades e com a tomada de consciência do risco da vida humana, as seguradoras diversificaram a sua área de abrangência indo ao encontro das necessidades humanas, passando a segurar pessoas e a fomentar o aforro de capitais. Existem estudos que evidenciam alguns fatores como determinantes na procura de seguros do ramo vida, tais como fatores de ordem demográfica, económica e institucional. Os fatores determinantes da procura de seguros de vida em Portugal desenharam a linha orientadora desta dissertação que tem como objetivo identificar os possíveis determinantes da procura de seguros do ramo Vida em Portugal. Os dados recolhidos focalizam-se num horizonte temporal de 32 anos, entre 1980 e 2012, tendo sido obtidos de fontes secundárias no INE, Pordata, Banco de Portugal e Associação Portuguesa de Seguradores. Para a análise estatística recorreu-se ao modelo de regressão linear geral, análise de clusters e análise biplot. Com base nos resultados do modelo estimado de primeiras diferenças encontrou-se um modelo com 5 variáveis estatisticamente significativas que explicam 56% da variabilidade total da procura de seguros de ramo vida em Portugal; sendo as variáveis idade média da população; número de casamentos; número de divórcios; rendimento disponível das famílias e a taxa de desemprego, as variáveis estatisticamente significativas. Verificou-se que 80% das variáveis demográficas explicaram a procura de seguros, enquanto somente 33% das variáveis económicas o fizeram, tendo a variável institucional um comportamento não significativo.
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