Summary: | As PME representam uma parcela importante do tecido empresarial português, empregam mais de 2 milhões de pessoas e têm um volume de negócios superior a 186.278 milhões de euros. Desde 2012 que foram alvo de uma lei imposta pelo governo português onde dita que qualquer empresa com um volume de negócios superior a 100.000 euros é obrigada a ter um sistema de faturação eletrónico. Com esta implementação, imposta legalmente e com o objetivo de impedir a fraude fiscal, as empresas foram obrigadas a repensarem os seus processos de negócio, a sua margem de rendimento e a capacidade de investimento num sistema desta natureza, ERP. Com base nestes sistemas o nosso estudo tem como objetivo geral compreender as vantagens e os inconvenientes da implementação de um módulo ERP nas pequenas e médias empresas portuguesas. Como metodologia adotada, optámos por uma abordagem mista em duas fases. Primeiramente numa fase qualitativa, através do método entrevista aproximámo-nos da realidade dos empresários onde foi partilhada a experiência do processo de implementação do módulo de faturação. Numa segunda fase, quantitativa, utilizando como técnica de recolha de dados o inquérito por questionário obtivemos informação sobre os impactos organizacionais após a implementação de um sistema desta natureza. Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que apesar de ser um investimento representativo a nível de custos e tempo para as empresas, este acarreta benefícios em várias perspetivas. A curto prazo verificamos uma maior eficiência e otimização nas atividades do dia-a-dia bem como a longo prazo permite melhores tomadas de decisão e maximização do lucro. Nas relações externas à empresa verifica-se uma relação mais eficaz com os fornecedores e um melhor serviço prestado ao cliente. Internamente à empresa, verifica-se uma melhor comunicação e uma maior consistência na informação organizacional.
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