Summary: | Uma parte significativa dos custos associados ao funcionamento de um edifício de serviços deve-se aos gastos de energia com a climatização. Assim sendo, a necessidade da sua redução torna-se importante no sentido da poupança de energia e claro está, na poupança monetária. De entre as várias características construtivas de um edifício com influência no seu consumo de energia para climatização destacam-se a sua “arquitectura solar passiva”, a área, propriedades, orientação solar e sombreamentos dos envidraçados, a área e o coeficiente de transferência superficial das soluções construtivas e a inércia térmica do edifício. Este trabalho tem como objectivo caracterizar o comportamento energético de um edifício de serviços quando sujeito a diferentes tipos de construção em termos de inércia térmica, tentando assim verificar se existe um nível de inércia mais adequado para cada tipo de uso do edifício. Para execução deste estudo foram considerados dois edifícios de serviços com utilizações muito distintas, um com ocupação permanente (um lar de idosos) e outro com ocupação intermitente (um supermercado). Para cada edifício, através da alteração das soluções construtivas, foram implementadas três classes de inércia (forte, média e fraca). Foi ainda estudada a influência da existência ou não de arrefecimento gratuito (freecooling) e de recuperação do calor contido no ar de rejeição. Para a realização destetrabalho recorreu-se ao software de simulação do comportamento energético de edifícios EnergyPlus. A análise de resultados foi efectuada com base nos consumos anuais de energia para climatização e nas suas componentes para aquecimento e para arrefecimento. Considerou-se que cada edifício poderia ter inércia térmica forte, média ou fraca e que em todos estes casos poderia existir ou não freecooling ou recuperação de calor do ar de rejeição ou ambos.
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