Antroponímia da língua Umbundu: o antropónimo como fenómeno de cultura

Esta investigação tem como tema a Antroponímia na língua Umbundu: o antropónimo como fenómeno de cultura, muito em especial na Província do Huambo (Angola). Atribuir um nome a uma pessoa é um fenómeno de cultura e de identidade. Desde a criação do mundo houve a necessidade de se atribuir nomes a tud...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Livamba, Domingos Luis (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10362/21993
País:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/21993
Descrição
Resumo:Esta investigação tem como tema a Antroponímia na língua Umbundu: o antropónimo como fenómeno de cultura, muito em especial na Província do Huambo (Angola). Atribuir um nome a uma pessoa é um fenómeno de cultura e de identidade. Desde a criação do mundo houve a necessidade de se atribuir nomes a tudo quanto existe: animais, montanhas, localidades, rios, bem como ao próprio homem. O nome do indivíduo deve ser portador de sentido, o que implica o conhecimento da língua da comunidade à qual pertence. O estudo do significado dos antropónimos na língua Umbundu é uma área pouco explorada, na medida em que os trabalhos são bastante escassos. O presente trabalho investigativo visou fundamentalmente propor uma base de dados antroponímica, contribuindo para o estudo e harmonização gráfica da Antroponímia na língua anteriormente referida. Procuramos incluir na base de dados os antropónimos frequentes explicitando as suas línguas de origem, significados e referidas fontes, no caso dos nomes próprios (geralmente em Português) com o propósito de conhecer os seus significados e perceber as principais diferenças entre os dois sistemas linguísticos (Português e Umbundu). Para os apelidos (geralmente em Umbundu), além dos significados ou provérbios com que se relacionam, procuramos indicar as variantes gráficas e propusemos uma harmonização gráfica bem como a sua transcrição fonética tendo em conta a pertinência e a fiabilidade das fontes consultadas. Esperamos que este trabalho possa vir a dar algum contributo para investigações futuras em antroponímia, ajudando a delimitar os aspectos de interesse para a análise de antropónimos que reflectem os fenómenos sociais e de cultura. Este trabalho poderá tornar-se numa fonte de consulta para funcionários administrativos que lidam regularmente com registos de antropónimos, fundamentalmente em Cartórios Notariais e Igrejas, entre outros. Pretende-se também alertar a sociedade civil, fundamentalmente os pais e os encarregados de educação a seleccionarem critérios rigorosos na atribuição de nomes próprios e apelidos às crianças.