Resumo: | A Carta Portuguesa para a Diversidade foi criada em Portugal em 2016 e procura sensibilizar as empresas signatárias para o reconhecimento, a compreensão e a inclusão das diferenças dentro das organizações. Considerando o pressuposto de que as entidades signatárias estarão mais sensibilizadas para esta questão, o objetivo principal do presente estudo consistiu em averiguar em que medida ser empresa signatária da carta portuguesa modera a relação entre a pertença de um potencial candidato (Português, Brasileiro ou Africano de país de língua oficial portuguesa) a um emprego e a sua adequabilidade à função (p.ex. competência) e remuneração. Para o efeito, foi conduzido um estudo experimental a um só fator, onde se manipulou a origem de um candidato (Português X Brasileiro X PALOP). Os resultados indicam que a origem do candidato influencia a remuneração atribuída ao mesmo, sendo esta menor quando é brasileiro. A moderadora não condiciona significativamente este efeito principal. Apesar das limitações do estudo, estes resultados podem ajudar a refletir sobre as ações de sensibilização para as questões da diversidade que estão a ser realizadas, ou para a importância da medição da sua eficácia.
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