Summary: | A cooperação militar já existe há muito tempo na Europa e funciona. Razoavelmente. No entanto, e por oposição ao seu peso económico no mundo, a União Europeia ainda está longe (e para sua própria insatisfação) de apresentar uma capacidade de ação europeia, que se esconde por detrás da ideia e do conceito sonante "Exército Europeu". Perante este cenário, o presente trabalho responde à questão "O que deve ser entendido por "Exército europeu"?" e analisa, em que medida a implementação é desejável e provável face ao cenário dos problemas existentes e à disponibilidade dos estados-membros europeus no sentido da sua implementação a médio prazo. Esta análise apresenta: (1) A criação de um exército europeu é necessária, se a Europa pretender desenvolver a sua capacidade de ação em matéria de política de segurança e de defesa, bem como equiparar a sua importância económica. (2) A superação dos muitos problemas existentes no sentido de alcançar este objetivo nos próximos 15-20 anos é improvável, em particular porque os estados-membros europeus não estão dispostos a abdicar da sua soberania nacional em matéria militar, pelo que negam o apoio necessário à criação de um exército comum. (3) Para alcançar uma melhoria do status quo atual, deve ser dada preferência a pequenos passos que antecedam o "grande lançamento". Contudo, o objetivo deverá ser sempre a criação de Forças Armadas europeias comuns sob a tutela de um comando europeu. Abstract: Military cooperation in Europe has been around for a long time and it works. Mostly. However, as opposed to its economic weight in the world (and much to its own dissatisfaction) the European Union is still far from achieving the capacity to act as a single military force under a notable title like the “European Army”. Against this backdrop, the present work answers the question of what a “European Army” is, it examines how desirable and probable the setting up of such an army in the medium run will be, considering current issues and the lack of willingness of some EU Member States. The analysis highlights the following: (1) Such a single European Army is necessary if Europe intends to step up its security and defense politicy capacity, in line with its economic weight. (2) Overcoming many existing problems to meet this goal is highly improbable within the next 15-20 years, because most EU Member States are unwilling to give up their sovereignty in the military sphere and therefore do not support the establishment of a European Army. (3) To improve the status quo, small consecutive steps should be taken towards the "major breakthrough". However, the aim during the process should also be to develop joint European military forces under one European command.
|