Summary: | Resumo: Tendo como posição inicial que arquitetura deve recentrar o Homem nas suas preocupações, investiga-se neste trabalho sobre a importância do sentimento de pertença na arquitetura, e a validade de o seu enquadramento como a emoção maior, final, da relação que uma obra arquitectónica pode estabelecer com o Homem. Ensaia-se a possibilidade de qualquer pessoa sentir que pertence a uma construção, em particular de uso público, de forma idêntica à que sente que pertence à sua casa, à sua rua, ao seu bairro, à sua cidade. Uma questão relacionada com a existência e com o habitar de Heidegger. Para responder ao problema da perda de significado na arquitetura e da distância entre obra e Homem procura-se respostas que só o pensamento fenomenológico é capaz de oferecer, e a partir do qual se tenta definir o lugar capaz de estabelecer vínculos e que, por isso, se pode tornar em apoio existencial. Procuramos estudar zonas fenomenológicas de forma a encontrar pistas para uma arquitetura mais próxima das pessoas e capaz de se envolver com elas em todas as suas componentes: racionais, históricas e, principalmente, emotivas. Conseguir que uma obra estabeleça sentimentos vinculativos com quem a usa não é fácil, mas acreditamos que um processo de projeto informado com a teoria aqui estudada fica com um caminho mais facilitado para produzir verdadeiros lugares, aos quais as pessoas se vinculam genuinamente e que lhes aumentem a qualidade de vida.
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