Summary: | Introdução: A comunicação é um dos pilares da prática médica, sendo fundamental para o estabelecimento da relação médico-doente. A empatia é essencial na prestação de cuidados centrados no paciente e pode ser descrita como a capacidade de compreender a situação, perspetivas e sentimentos do paciente, comunicar essa compreensão, verificar a sua veracidade e, então, agir em concordância com esse conhecimento. Sendo assim, a empatia assume um papel vital na comunicação clínica que poderá ter implicações nos resultados clínicos do paciente. Objetivos: Realizar uma revisão da literatura existente, referente a estudos e artigos publicados nos últimos anos sobre empatia no contexto clínico. Os principais objetivos são clarificar a importância da empatia na comunicação clínica e no estabelecimento da relação médico-doente e avaliar o seu impacto terapêutico. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa da literatura utilizando a base de dados da PubMed, recorrendo aos seguintes descritores: “empathy”, “impact AND empathy”, “physician’s empathy”, “effectiveness AND empathy” e “outcomes AND empathy”. Foram incluídos artigos e estudos de relevo com informação empírica e pertinente sobre este tema que cumpriam os critérios de inclusão. Foi também realizada a consulta de livros de referência sobre este tema. Resultados/Conclusões: Após a revisão da literatura selecionada foi possível chegar à conclusão de que há evidência da existência de uma relação positiva entre a empatia médica e a satisfação, adesão, capacitação e confiança do paciente. Foi também possível correlacionar a empatia médica com a recolha de uma melhor história, uma possível diminuição do stress e da depressão e um aumento das capacidades de coping do paciente. Podemos, então, afirmar que a empatia proporciona resultados clínicos significativamente melhores e que a sua importância na comunicação e prática clínica, é inquestionável.
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