Summary: | A presente investigação analisa e procura compreender a intervenção do assistente social junto da pessoa sem-abrigo. Ao longo da pesquisa identificamos e interpretamos as estratégias de intervenção no contexto político-institucional do assistente social e da pessoa sem-abrigo, na promoção de inovação da prática profissional no problema em análise. Como metodologia, utilizámos, a estratégia qualitativa que nos permitiu a exploração e descrição de uma determinada realidade através do método indutivo, com a aplicação da entrevista sem-directiva e da análise de conteúdo. A pesquisa empírica incidiu sobre uma amostra constituída por 10 pessoas sem-abrigo e 10 assistentes sociais que intervêm com este problema na cidade de Lisboa. Pelos dados da investigação, concluímos que o Estado tem um papel distante bem como a ausência de políticas sociais. A intervenção está direcionada para a satisfação das necessidades básicas com incidência em respostas de emergencia. Há necessidade em investir em respostas de alojamento, em estruturas ocupacionais e respostas na área da saúde mental. De acordo com o testemunho dos assistentes sociais entrevistados, é necessário articular mais e criar sinergias com as autarticas, entidade próxima das comunidades. É mencionada a importância em se criar uma plataforma digital onde seja registado o percurso institucional de cada pessoa sem-abrigo com vista aos profissionais obterem uma visão mais holistica da pessoa, mas também dos recursos obtidos pela mesma, e a criação de uma metodologia de intervenção comum.
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