Summary: | Os bispos portugueses encontram-se estreitamente ligados ao processo de fundação e estabelecimento da Inquisição, sucedendo-se, na perspectiva de alguns estudos, uma evidente cooperação e até mesmo complementariedade entre a actuação dos tribunais inquisitorial e eclesiástico. Outros autores contrapõem com a ideia de que a relação entre estes dois poderes evoluiu e também foi marcada pelo conflito. Esta será uma questão subjacente ao trabalho que aqui se propõe, centrando-se na relação entre a Inquisição e D. Miguel de Castro, arcebispo de Lisboa (1586-1625). Foram definidos quatro tempos dessa mesma relação, sendo identificados e justificados por uma análise conjuntural atenta às relações políticas entre os agentes do campo religioso e o percurso de D. Miguel de Castro.
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