Resumo: | “[…]. Leitura não é, tão pouco, compreender ou procurar o sentido do texto. Sendo a literatura criação, isto é, algo a buscar-se, a constituir-se, ela não contém sentido; há, sim nela, um vir-a-ser-sentido que, em potência e em correlação com outros momentos e lugares do texto, irrompe, qual vulcão, no momento de diálogo com o leitor. Contra o perigo de uma leitura feita nestes moldes adverte-nos a figura de Acab que, ao contrário de Ishmael, portador de uma tendência nitidamente unívoca e monomaníaca, acaba por ver na Baleia – objecto de leitura – o fantasma do seu próprio espírito, fantasma que o arrastará inevitavelmente à morte. Mas que é então a leitura? […]”
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