Resumo: | Depois de se oferecer uma visão panorâmica sobre a posição de Portugal perante a eclosão da Grande Guerra e das diferentes cambiantes que se formaram à volta da possibilidade de o país vir a ser beligerante ou não, analisa-se com maior carga de pormenores a oposição monárquica à República, em particular aquela que encontrou forte apoio em Espanha no ano de 1917. Levanta-se, também, a questão do “perigo alemão” que se vem acrescentar ao “perigo espanhol” para, depois, se perceber o golpe militar de Sidónio Pais e a envolvência de diversos interesses na queda da corrente política que, em Portugal, apoiava a beligerância. De todo estudo e do relato dos factos sobressaem dúvidas que parecem legítimas e que se podem colocar sob a forma de perguntas. Dúvidas e perguntas cujas respostas são, ao mesmo tempo, conclusões – pelo menos, provisórias – desta reflexão sobre a conspiração monárquica, desenvolvida durante os anos de 1916 e 1917, contra a República portuguesa.
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