Obesidade infantil

Introdução: A obesidade infantil é um grave problema de saúde pública, afectando cada vez mais crianças e adolescentes. São essenciais intervenções que promovam uma acção estruturada com o objectivo de mudar o curso desta epidemia. O sucesso da adesão e permanência em programas de modificação compor...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Alves, Daniela Marina Dias (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2012
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/736
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/736
Descrição
Resumo:Introdução: A obesidade infantil é um grave problema de saúde pública, afectando cada vez mais crianças e adolescentes. São essenciais intervenções que promovam uma acção estruturada com o objectivo de mudar o curso desta epidemia. O sucesso da adesão e permanência em programas de modificação comportamental é maior quando existe um reconhecimento e envolvimento activo dos pais. Objectivo: Caracterizar as crianças que integram o programa de intervenção multidisciplinar Pró-Lúdico e avaliar a percepção e preocupação parental acerca desta problemática. Métodos: No início do ano escolar determinaram-se os valores de peso e estatura das crianças que frequentam o 6º ano (N=588) das escolas da Covilhã e Fundão. Destas, 43 crianças apresentavam um IMC correspondente à pré-obesidade/obesidade e integraram um programa de intervenção multidisciplinar para redução de peso. A investigação foi desenvolvida com base em dois momentos distintos: (1) preenchimento do questionário dirigido ao familiar da criança (acerca da percepção e preocupação parental e factores eventualmente associados à obesidade infantil), e (2) realização da consulta com avaliação de parâmetros antropométricos. Resultados: Aproximadamente um terço das crianças que frequentam o 6ºano das escolas da Covilhã e do Fundão tem excesso de peso. Das crianças integradas no programa, 44,2% são obesas, sendo que as restantes cumprem critérios de pré-obesidade. No grupo estudado, 88,4% das crianças apresentam valores de massa gorda considerados de risco, verificando-se uma associação entre estes valores, o percentil de circunferência abdominal e o percentil de IMC. Do total, 51,16% dos pais, subestimam o peso dos seus filhos, verificando-se uma associação entre a percepção parental e o nível socioeconómico e cultural inferior. A maioria apresenta-se contudo preocupada com o excesso de peso dos filhos. O estudo revela ainda que a percepção parental não difere com o género da criança e que a maioria dos médicos (65,1%) não terá alertado para a sobrecarga ponderal das mesmas. Conclusão: os resultados alertam para a problemática crescente da obesidade infantil, indicando que maioria dos pais e profissionais de saúde não reconhece o excesso de peso das crianças e, como tal, a adesão aos programas de redução de peso é baixa. Os programas de intervenção devem promover uma participação concertada das famílias e dos profissionais de saúde, no sentido de ajudar os pais a reconhecer este problema.