Summary: | No âmbito mundial, existiram vários trabalhos que investigaram as crenças sobre aprendizagem de línguas em diversos grupos de aprendentes e de professores e em diversos contextos de aprendizagem. A língua portuguesa como língua estrangeira/segunda ainda não se tornou num objeto frequentemente investigado desta área. Em simultâneo, o grupo de aprendentes chineses é um interessante objeto de estudo, principalmente investigado no contexto do ensino-aprendizagem de língua inglesa. Além disso, o contexto de estudo no exterior (study-abroad) torna-se cada vez mais popular entre diversos contextos investigados. Nos últimos anos, as línguas estrangeiras/segundas aprendidas por chineses já se estendem da língua inglesa para mais outras línguas, incluindo a língua portuguesa, cuja demanda vai aumentando. No contexto de estudos no exterior, emergem novos desafios e conflitos enfrentados por estudantes chineses e professores nativos de línguas estrangeiras/segundas, o que requer mais estudos académicos relativos sobre o tema para resolver as dificuldades causadas pela diferença das crenças entre os estudantes e professores. Estas são as razões que levaram à elaboração do presente trabalho. A investigação deste trabalho adota o questionário BALLI (Horwitz 1985, 1988), destinado a abordar as crenças dos estudantes chineses e dos seus professores portugueses do Curso de PLE da FLUL. Este estudo indica que, entre estudantes chineses e professores portugueses, existem algumas diferenças das crenças sobre aprendizagem de línguas e conclui que o estudo no exterior não pode garantir por si só efeitos positivos na aprendizagem de línguas. Acreditamos que este trabalho poderá trazer alguns tópicos de reflexão sobre o ensino-aprendizagem de língua portuguesa pelos estudantes chineses, particularmente em contexto de estudo no exterior.
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