Summary: | Ao longo da história, a mulher sempre procurou instintivamente uma postura verticalizada na hora de parir, movimentando-se, experimentando diferentes posições, evitando o decúbito dorsal, de forma a obter uma posição mais confortável. Nos dias de hoje, nos países desenvolvidos, assistimos ao parto com a maioria das mulheres horizontalizadas. No entanto, não existe evidência que comprove os benefícios para as parturientes associadas a esta posição. Com este trabalho pretendemos identificar, na literatura científica, os efeitos da deambulação e das posições verticais na evolução do 1.º período de trabalho de parto, na mulher primípara. Realizamos uma revisão integrativa da literatura, obtivemos 722 publicações nas bases de dados EBSCOhost e PUBmed, entre dezembro de 2018 e julho de 2019, aplicamos os critérios de inclusão definidos: artigos originais; publicados on-line e em full text, nos idiomas de português, inglês e espanhol, de acesso livre; mencionando mulheres primíparas no primeiro período de TP; estudos randomizados. Ficamos com 8 artigos para análise final. Os artigos incluídos na nossa revisão, evidenciam como vantagens da postura verticalizada na 1ª fase do trabalho de parto: menor duração deste; dores menos intensas (menor necessidade de analgesia por via epidural e/ou administração de narcóticos); menor taxa de padrões anormais da frequência cardíaca fetal registados na cardiotocografia. Esta evidência confere ao enfermeiro especialista um papel fundamental na aplicação destas práticas a fim de permitir às mulheres a tomada de decisão e definição do seu plano de parto para que possa ter o parto que idealiza e deseja.
|