Resumo: | Quando o rei D. Sebastião de Portugal assumiu o governo aos catorze anos, encontrou uma política diplomática em evolução. Procurava-se em Portugal, à época, uma afirmação externa face às outras monarquias europeias, especialmente a castelhana. O monarca empenhou-se em levar o reino a uma posição de relevância na Cristandade, através dos múltiplos contactos, explorando todos os campos no trato externo: dinástico, ultramarino e religioso. Fê-lo rodeado pelos mais eficientes homens da política quinhentista portuguesa, de diferentes grupos sociais: homens da Casa real, advogados, comerciantes ou eclesiásticos. A orientação destes homens fez-se de acordo com uma logística diplomática vigente em meados do século XVI. D. Sebastião não agiu sozinho, contando com os seus favoritos e com a acção de D. Catarina de Áustria e do cardeal-infante D. Henrique. Essas influências foram divergindo por três modificações que o governo sebástico empreendeu ao longo do seu decénio de duração.
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