Resumo: | Caldas da Rainha desenvolveu-se graças às águas termais que ali surgem, e à vontade mecenática da Rainha Dona Leonor. Desde há muito conhecidas as potencialidades destas águas, foi no ano de 1485, que a Rainha Dona Leonor, mandou edificar nas Caldas de Óbidos aquele que é considerado o primeiro Hospital Termal do mundo. Este edifício conduziu ao aparecimento de um povoado, desde logo dotado de foral, tornando-se autónomo da Vila de Óbidos. Ao longo do tempo o Hospital Termal e a Vila sofreram melhoramentos e ampliações, destacando-se três fases importantes, a última das quais sobre a administração do arquiteto Rodrigo Berquó. Chegado às Caldas em 1888, o arquiteto administrador, conduziu a vila a uma grande intervenção, com o objetivo de tornar as termas caldenses numa referência para o país e europa. É neste ambiente de alterações que foi erguido aquele que seria o novo Hospital Termal, presentemente denominado Pavilhões do Parque, surgiu na fronteira entre o Largo da Copa e o parque D. Carlos I da autoria do mesmo arquiteto. No entanto a morte prematura de Berquó e as dificuldades financeiras posteriormente verificadas, impossibilitaram a finalização desta construção que se manteve inacabada até ao presente. Contudo este edifício pela posição e dimensão que ocupa tornou-se numa imagem incontornável da cidade, encontrando-se presentemente em avançado estado de degradação, sendo identificáveis diversas patologias, que necessitam de ser resolvidas, assim como determinar uma nova função que dignifique a sua presença e prolongue a vida deste emblemático edifício que faz parte da história, e autenticidade da cidade.
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