A Perspetiva dos profissionais de sa?de no cuidar do doente em fim de vida

A perspetiva do cuidar da pessoa em fim de vida modificou-se com o tempo. O cuidar esteve muito tempo associado a cuidados no seio familiar, com prote??o, apoio, afetividade e responsabilidade. Hoje, a pessoa sente-se omnipotente, admitindo a fuga ? morte. O avan?o da medicina e das medidas terap?ut...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Rodrigues, Sarah Lic?nia Lima (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/20.500.11960/1189
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1189
Descrição
Resumo:A perspetiva do cuidar da pessoa em fim de vida modificou-se com o tempo. O cuidar esteve muito tempo associado a cuidados no seio familiar, com prote??o, apoio, afetividade e responsabilidade. Hoje, a pessoa sente-se omnipotente, admitindo a fuga ? morte. O avan?o da medicina e das medidas terap?uticas conduzem a pessoa para o hospital, envolvida por alta tecnologia, mas distanciada do profissional de sa?de. O cuidar ? fragmentado, despoletando sofrimento. Visando perceber a perspetiva dos profissionais de sa?de relativamente ao cuidar do doente em fim de vida, colocou-se a quest?o de investiga??o: ?Qual a perspetiva dos profissionais de sa?de relativamente ao cuidar do doente em fim de vida??, com a finalidade de contribuir para cuidados inseridos na filosofia dos cuidados paliativos. Objetivo Geral: Perceber a perspetiva dos profissionais de sa?de relativamente ao cuidar do doente em fim de vida. Metodologia: abordagem qualitativa, estudo explorat?rio; popula??o: profissionais de sa?de de um hospital do Alto Minho; m?todo de colheita de dados: entrevistas semiestruturadas, submetidas a an?lise de conte?do, emergindo ?reas tem?ticas, categorias e subcategorias. Principais Achados: Os profissionais de sa?de apresentam distintas representa??es do fim de vida. Experienciam uma diversidade de emo??es e sentimentos perante o doente em fim de vida. O apoio, controlo de sintomas, cuidados de conforto, avalia??o e monitoriza??o dos cuidados, prepara??o do regresso a casa, s?o fundamentais para responder ?s necessidades do doente e fam?lia. Interven??es biom?dicas, avaliar necessidades f?sicas, preparar o regresso a casa no dia da alta, d?fice de forma??o, falta de disponibilidade e falta de tomada de decis?o em equipa de sa?de, s?o apontados como obst?culos aos cuidados de qualidade. Como necessidades destacam: exist?ncia de equipas/ unidades de cuidados paliativos, maior trabalho em equipa, apoio psicol?gico, forma??o em cuidados paliativos, exist?ncia de recursos adequados, desenvolvimento de habilidades comunicacionais, uniformiza??o dos cuidados e maior disponibilidade. A metodologia partilhada ? utilizada na procura da transforma??o do cuidar. Informar o doente e fam?lia, integra-los e apoia-los na tomada de decis?o, s?o estrat?gias dos profissionais durante a educa??o para sa?de. S?o v?rios os dilemas sentidos no cuidar do doente em fim de vida e fam?lia. Conclus?o: Cuidar da pessoa em fim de vida, que vive at? morrer e n?o morre com o diagn?stico incur?vel, constitui-se como um alerta para todas as organiza??es de sa?de. Cuidar do doente em fim de vida e fam?lia exige que os profissionais de sa?de foquem o cuidar na pessoa.