Summary: | Tomando como ponto de partida o estudo da obra gráfica de Luís Filipe de Abreu, pretende-se estabelecer uma aproximação a determinados princípios que remetem para o conhecimento de “sciencias e notícias”, cuja importância Francisco de Holanda destaca como fator primordial do papel ativo do artista, no seu tempo, mas que permanecem atuais no caso de alguns artistas contemporâneos. Luís Filipe de Abreu insere-se nesse grupo de artistas, pela probidade das suas qualidades criativas, que refletem a atualidade da obra literária de reflexão sobre arte e o desenho do pintor renascentista, com particular relevância para os conceitos expressos em “Do Tirar pelo Natural” e “Da Pintura Antiga”. Entre os conteúdos referidos irá ser destacada a particular atenção dedicada ao estudo das mãos, pelo seu cunho identitário, que se traduz na afirmação de Francisco de Holanda, nos diálogos com Brás Pereira, em “Do Tirar pelo Natural”, quando a propósito do retrato refere que “cada MÃO é de novo outro Rosto”.
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