Summary: | A informação sobre as práticas funerárias da Idade do Bronze e da Idade do Ferro na Baixa Estremadura, é de evidente pobreza, face aos elementos relativos aos povoados. Esta realidade constitui, em si mesma, uma informação relevante, aliás em consonância com o que se sabe de outras regiões peninsulares. Ao que parece a incineração coexistiu, desde o Bronze Final, com a inumação, mas é relativamente a esta última que se dispõe de elementos mais expressivos. Os aglomerados proto-urbanos que despontam nos primórdios da Idade do Ferro na região, teriam, forçosamente, as correspondentes necrópoles: mas estas ainda não se descobriram, talvez em parte por jazerem sob as cidades modernas que se lhes sucederam. Aliás, cumpre referir que a pobreza da informação relativa ao mundo funerário dos II e I milénios a. C. na região em apreço é real e efectiva, quando comparada com a relativa ao milénio imediatamente anterior, sendo inviável admitir um despovoamento da mesma, a qual mostra, ao contrário, um acréscimo de população a partir do Bronze Final. Assim, a referida pobreza deverá ser antes explicada pelos rituais funerários então mais em voga, que não favoreceram, seguramente, a conservação dos testemunhos respectivos.
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