Resumo: | As curvas de crescimento reflectem as inter-relações entre um impulso individual inato para crescer e atingir a maturação de todas as partes do corpo e o ambiente no qual este impulso se expressa. Este ambiente é composto pelo nível individual de produtividade, a quantidade e qualidade de alimento ingerido e o esforço despendido para o localizar, consumir e digerir (Fitzhugh, 1976). As curvas de crescimento são modelos matemáticos que tentam descrever as alterações do peso corporal por unidade de tempo ou em relação à idade. No primeiro caso, obtêm-se valores que podem ser facilmente utilizados para comparar os efeitos dos tratamentos ou descrever a taxa de crescimento dos animais. No último caso, a relação do peso com a idade determina as curvas de crescimento que são usadas para descrever os padrões de crescimento dos animais ou tecidos (Trenkle, 1983). À medida que o animal cresce, dois factores interagem de forma oposta. Um é uma força aceleradora, devido ao aumento do número de unidades replicadoras, enquanto a outra força opositora é a limitação da grande complexidade das estruturas e a capacidade de fornecimento de nutrientes para manter o ritmo do crescimento do corpo (Lawrence e Fowler, 1997). A resultante destas duas forças origina a forma da curva de crescimento. As curvas do crescimento geralmente têm a forma de S ou sigmoidal, mostrando uniformidade entre as diferentes espécies animais, com excepção da do Homem, que apresenta uma fase juvenil muito longa (Brody, 1945).
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