Resumo: | A técnica de inseminação artificial (IA) está mais difundida entre os caprinos do que entre os ovinos. Nos caprinos, os resultados da aplicação desta técnica promovem, normalmente, melhores taxas reprodutivas. Nestes animais, é mais fácil entrar e até ultrapassar o canal cervical, pelo que a IA tende a ser mais profunda. Consequentemente, o número de espermatozóides viáveis que devem estar em cada dose seminal é menor, possibilitando a preparação de um maior número de doses seminais por ejaculado. Depois de recolhido e avaliado, o sémen pode ser usado fresco, refrigerado ou congelado. O processo de preservação do sémen condiciona fortemente os resultados reprodutivos. O presente estudo teve com principal objectivo comparar a eficácia da aplicação da técnica de IA com sémen fresco (37ºC) ou refrigerado (15ºC) em cabras da raça Serrana. Vinte e oito cabras adultas foram inseminadas com sémen fresco e 29 com sémen refrigerado. A actividade ovárica foi sincronizada através de um tratamento progestagénico curto e a ovulação foi estimulada administrando eCG. O sémen foi recolhido por electroejaculação. Depois de avaliado, o sémen foi diluído com diluidores comerciais. O sémen fresco foi mantido a 37ºC até ao momento da IA. O sémen refrigerado foi arrefecido num banho-maria refrigerado (2 horas). Neste caso, o enchimento das palhinhas francesas foi feito a 15ºC. Cada dose seminal continha, pelo menos, 80 x 106 espermatozóides/ ml. A IA foi feita a tempo fixo – 43 ± 1 hora pós-administração de eCG. A IA foi o mais profunda possível. Os resultados estão ainda em análise.
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