Summary: | Atualmente, disparidades salariais entre homens e mulheres continuam a existir em todos os países da União Europeia, com Portugal a apresentar um nível de disparidade salarial elevado. Nos últimos anos em Portugal as Mulheres têm vindo a participar em taxas superiores às dos Homens sobretudo em níveis de educação superior, mas apesar disto o gap salarial entre géneros não tem diminuído. Uma das razões apontadas para a continuação deste diferencial passa pela segregação ocupacional nos setores e profissões. Esta pesquisa tem assim como objetivo fundamental avaliar e entender as diferenças salarias e tentar perceber se a segregação de género, no caso dos graduados e pós-graduados impacta este gap. Para isso utilizamos dados retirados do Inquérito ao Emprego de 2016 a 2020. Foi utlizado o índice de dissemelhança de maneira a calcular a segregação e o Modelo OLS e de Oaxaca-Blinder de modo a calcular as fontes das diferenças salarias. Os nossos resultados demonstram que ainda existe segregação em Portugal quer por profissão (34,17%) quer por setor (33,38%), esta segregação é superior para níveis mais altos de escolaridade – nomeadamente entre Mestres. Os resultados demonstraram ainda a existência de um gap salarial para todos os níveis de educação. Este gap é superior com um Mestrado (11,59 pp). Concluímos que em Portugal para o período de tempo estudado existem diferenças salariais e que a segregação de género tem influência nestas, especialmente para níveis de educação superior.
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