Summary: | Os incêndios florestais são responsáveis pelos maiores prejuízos possíveis de serem causados às florestas, quer pela sua rapidez, quer pela dificuldade de controlo. Portugal é o país da Bacia Mediterrânica (que inclui ainda Espanha, França, Itália e Grécia) com o maior número de ocorrências todos os anos. Ano pós ano Portugal ocupa um lugar de destaque relativamente aos flagelos dos incêndios florestais. No decorrer do ano 2009 arderam no território nacional 82.000 hectares, tendo o Concelho da Guarda uma área total ardida de 5.378 hectares. Sintetizando, os incêndios são o principal factor limitativo do desenvolvimento sustentável da floresta e como tal é necessário preveni-los. Este estudo pretende abordar o maior e mais grave problema que afecta as florestas em Portugal – os incêndios florestais. Além do tratamento estatístico que nos permitem caracterizar os períodos recentes, relativamente ao número de ocorrências e do número de área ardida. Pretende-se também abordar a temática do comportamento e propagação dos incêndios florestais. Esta abordagem é indispensável, na medida em que para se planearem estratégias de combate a incêndios florestais é importante conhecer o comportamento e as diversas formas de propagação do fogo. Este trabalho pretende também dar a conhecer a realidade de um dos concelhos que tem vindo sucessivamente a ser devastado pelos incêndios florestais em Portugal (o Concelho da Guarda). Para tal, procedeu-se à caracterização de diversos indicadores, que nos permitem estabelecer relações com o elevado número de ocorrências e de área ardida no Concelho da Guarda. Este trabalho pretende ainda explorar as potencialidades dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) (Geographical Information Systems), na prevenção e como ferramenta de apoio ao combate a incêndios florestais. Estas ferramentas permitem compreender a realidade existente no concelho face à propagação de grandes incêndios florestais e planeamento e ordenamento do território. São ainda apresentadas e discutidas algumas relações entre o número de ocorrências, área ardida, densidade populacional e ocupação de solo. Por último, pretende-se apresentar algumas soluções que permitam inverter o flagelo dos incêndios florestais no Concelho da Guarda.
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