Fugas, quilombos e fujões nas Américas (séculos XVI-XIX)

O presente trabalho parte da constatação da natureza relativamente anódina dos estudos acerca dos quilombos em sociedades escravistas nas Américas, os quais não raro juntam numa única categoria (quilombos, cumbes, palenques, mainels, etc.) estruturas que podiam englobar menos de uma dezena de fugiti...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Florentino,Manolo (author)
Other Authors: Amantino,Marcia (author)
Format: article
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732012000200001
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S0003-25732012000200001
Description
Summary:O presente trabalho parte da constatação da natureza relativamente anódina dos estudos acerca dos quilombos em sociedades escravistas nas Américas, os quais não raro juntam numa única categoria (quilombos, cumbes, palenques, mainels, etc.) estruturas que podiam englobar menos de uma dezena de fugitivos e durar semanas ou meses, ou, como no caso de Palmares, congregar até 11 mil quilombolas e persistir por quase um século. Semelhante anomalia conceptual revela a falta de taxonomias que encarem os quilombos como estruturas efetivamente históricas que podiam circunscrever-se a meras hordas, ou evoluir para a condição de comunidades autossustentáveis, capazes de se autorreproduzirem económica e demograficamente por longos períodos.