Summary: | No coração da constituição da ‘religião tradicional Yorùbá’ enquanto produto histórico, cultural, político e religioso, composto de camadas conceptuais e um rearranjo híbrido de práticas, símbolos e sistemas religiosos, Ifá assumiu e vem assumindo um papel aglutinador. Paralelamente, no Candomblé de matriz jeje-nagô, vulgarmente designado sob o epíteto de Candomblé Kétu, o sistema de Ifá vem ganhando terreno em favor de uma pretensa reafricanização do culto, que se usa da literatura e que vai construindo saber teológico sobre os dados pragmáticos da eficácia ritual, oferecendo literatura ao saber prático, numa lógica que vai reordenando os padrões adquiridos. É precisamente este processo de ‘ifanização’ da Yorùbáland e do Candomblé que se pretende debater.
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