Resumo: | A pesquisa destinou-se a avaliar a qualidade inclusiva de uma escola do ensino regular frequentada por um aluno com síndrome de asperger. Pretendeu-se compreender do ponto de vista de alunos e adultos significativos, de que forma e com que resultados estava a escola a incluir os seus alunos, em especial o aluno com síndrome de asperger. O estudo configurou uma metodologia de estudo de caso tendo envolvido a) 3 turmas do 3º ciclo, onde se inclui um aluno com síndrome de asperger, a quem demos o nome de Pedro e b) alguns adultos significativos no processo de inclusão do Pedro, a saber: psicóloga educacional, diretora de turma, a professora de educação especial e a mãe. A recolha de dados assentou fundamentalmente em questionário fechado (alunos), entrevistas semi-estruturadas (adultos e Pedro) e análise documental. Os resultados obtidos, por referência ao modelo de Ainscow & Booth (2002) permitem concluir que a maioria dos alunos avalia positivamente a qualidade inclusiva da sua escola, devendo sublinhar-se que tal não é a perspetiva do Pedro no que a si se refere, particularmente no que respeita à recetividade dos colegas. Os adultos, e em referência ao mesmo modelo, tendem a apresentar uma visão da qualidade inclusiva da escola mais positiva do que negativa. Os resultados mostram ainda, por referência às recomendações de Attwood (2000) que a escola não se apresenta suficientemente competente, e portanto inclusiva, no que respeita a uma resposta intencional, planeada e estruturada às necessidades educativas do Pedro. Deste modo a resposta à nossa questão geral não é linear, pois os resultados mostram indicadores melhor conseguidos, e outros menos conseguidos e alguma variedade na perspetiva dos participantes.
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