Summary: | As termas públicas constituem um dos edifícios mais característicos da civilização romana e uma poderosa expressão do modo romano de conceber a vida e de usar o tempo. Representam, por isso, um importante contexto de análise para valorizar as complexas relações que se estruturavam nos espaços urbanos do Império Romano. Verdadeiros espaços de ócio, mas também de sociabilidade, as termas reuniam num único edifício as funções dos balaneia e do gymnasium gregos, tendo integrado espaços culturais e recreativos que as configuravam como um verdadeiro microcosmos, onde se desenvolviam atividades variadas dedicadas ao tratamento do corpo e do espírito e onde se podia simplesmente disfrutar dos prazeres do convívio, num ambiente luxuoso e privilegiado. Lugares de recreio, de agregação social e de troca cultural, as termas públicas representaram um importante meio de uniformização dos costumes e modos de vida romanos, funcionando igualmente como espaços de construção identitária das comunidades cívicas urbanas. Por isso, os edifícios termais recuperados pela Arqueologia oferecem-se como um contexto privilegiado de estudo da sociedade romana, com a vantagem de serem equipamentos largamente representados em todas as províncias e cidades do Império.
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