Aplicação tópica do mel no controlo da infeção em feridas crónicas : uma revisão sistemática

INTRODUÇÃO: O estudo da aplicação tópica do mel em feridas tem vindo a obter um reconhecimento no campo do controlo da infecção. Considerado um apósito de fácil manuseamento, ao qual se identificam e se consagram propriedades distintas de poder anti-inflamatório e antibacteriano local, com atividade...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Figueira, Patrícia Margarida Pedro (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.14/16394
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/16394
Descrição
Resumo:INTRODUÇÃO: O estudo da aplicação tópica do mel em feridas tem vindo a obter um reconhecimento no campo do controlo da infecção. Considerado um apósito de fácil manuseamento, ao qual se identificam e se consagram propriedades distintas de poder anti-inflamatório e antibacteriano local, com atividade fúngica relatada e com resultados benéficos na redução do odor, da dor e do edema, o mel tem vindo a ser utilizado cada vez mais no tratamento de feridas das mais diversas etiologias. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura cujo principal objetivo é avaliar o efeito da aplicação tópica do mel no controlo da infeção em feridas crónicas. A pesquisa efetuada em bases de dados eletrónicas e por busca manual decorreu entre os meses de Fevereiro a Agosto de 2013, revelando uma amostra final de 8 artigos. O controlo da infeção na ferida crónica foi o principal alvo a analisar nos estudos seleccionados e incluídos. A colheita e extracção de dados foram realizadas pela autora e posteriormente verificados, de forma independente, por um colega revisor. RESULTADOS: Foi possível verificar uma ação positiva do uso do mel no controlo da infeção em feridas crónicas, nomeadamente em úlceras de perna, úlceras de pé diabético, úlceras de pressão e feridas pós-operatórias. A evidência encontrada aponta para uma eficaz redução dos microrganismos patogénicos presentes no leito das feridas, observando-se igualmente uma diminuição do edema, odor e exsudado local, resultando numa melhoria significativa da redução do processo infecioso instalado. CONCLUSÃO: A aplicação tópica do mel demonstrou um potencial de actividade positiva no controlo de infecção em feridas crónicas, mas a fraca expressividade dos estudos avaliados não permitiu outro tipo de conclusões, ficando a certeza de que outros estudos e/ou o acesso a outras publicações a decorrer, poderão sedimentar este pressuposto.