Summary: | O pensamento espacial é um tema central no âmbito da investigação geográfica atualmente e o uso de SIG no ensino é amplamente aceite como uma das melhores formas de o desenvolver em contexto de sala de aula (Maciel, 2017; Jo e Hong, 2020; Hickman, 2020). O pensamento espacial “includes elements of spatial concepts, tools and methods for spatial representation, as well as the process of spatial reasoning” (Michel e Hof, 2013:378). Além disso, segundo Goodchild, Janelle e Grossner, “the lack of systematic attention to spatial intelligence in our education systems leaves many highly educated people without the kinds of sensitivities needed to make use of a spatial perspective, and instead encourages the uncritical use of powerful spatial tools such as GIS” (Goodchild, Janelle e Grossner, 2014:40). Neste seguimento, é pertinente uma análise comparativa de como os SIG surgem nos programas escolares de diferentes países. Assim sendo, recorrendo à plataforma “Curricula WorkStation” - https://curricula-workstation.edumeres.net/lehrplaene/ - selecionamos programas escolares de Geografia de nível secundário (alunos de 14-17 anos de idade) e realizamos uma comparação dos programas de dez países (três da europa; dois da ásia; dois de áfrica; dois da américa e um da oceania). Analisamos nestes programas a forma como os SIG surgem em três domínios diferentes: como conteúdo temático a ser trabalhado, como recurso de trabalho didático transversal a vários conteúdos temáticos e como elemento de avaliação. Com a realização desta, comparação concluímos que existem três grupos de países/programas: os que integram os SIG apenas como um conteúdo temático a ser apreendido pelos alunos, os que integram os SIG como um recurso didático e os que integram os SIG como conteúdo temático e como recurso didático. Serão ainda explorados exemplos de como os SIG surgem nos vários programas analisados e discutidos os contributos desta análise para programas a serem construídos no futuro próximo em Portugal.
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