Comportamento sedentário em pacientes de reabilitação cardíaca

Permanecer por várias horas em comportamento sedentário (CS) está associado ao risco aumentado de mortalidade por qualquer causa, incidência de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (DCV), independentemente da realização de atividade física. Pacientes com doença das artérias coronárias (DAC), a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Teno, Sabrina Costa (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/11792
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/11792
Descrição
Resumo:Permanecer por várias horas em comportamento sedentário (CS) está associado ao risco aumentado de mortalidade por qualquer causa, incidência de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (DCV), independentemente da realização de atividade física. Pacientes com doença das artérias coronárias (DAC), após passarem por um evento cardíaco significativo, são encaminhados para programas de reabilitação cardíaca (RC) em que são encorajados a mudar os seus hábitos de vida e a realizar exercício físico. Contudo, a maioria dos programas de RC não tem orientações específicas a respeito da acumulação do CS dos seus integrantes e poucos têm mantido um acompanhamento por mais de 6 meses a fim de verificar alterações neste tipo de comportamento. Os programas de RC normalmente seguem as diretrizes de treinos com intensidade moderada e sem periodização, em contrapartida, um programa periodizado oriundo do treino desportivo, com maiores variações de intensidade ao longo do tempo, vem sendo estudado por apresentar resultados favoráveis na melhoria do VO2 pico, capacidade funcional e composição corporal dos participantes. Considerando os poucos estudos existentes no que toca ao CS em pacientes de RC, o impacto que ambos os tipos de treino poderão ter no CS destes pacientes é desconhecido, havendo indícios de que o CS poderia aumentar nos dias de não treino, por consequência de um potencial mecanismo compensatório relativo aos dias de treino. Assim, o objetivo desta investigação foi verificar, primeiramente através de uma revisão sistemática, qual o panorama atual dos programas de RC no que diz respeito ao CS. Posteriormente, através de um estudo controlado randomizado com recurso à acelerometria, comparou-se o efeito do treino periodizado vs não periodizado no CS de pacientes nos dias em que não treinam, após um ano de intervenção. A nossa pesquisa indica que os programas de RC não estão a conseguir reduzir o tempo passado em CS e os nossos resultados apontam para que, independentemente do tipo de periodização do treino aplicado em pacientes com DAC, o tempo despendido em CS não se altera, sem que haja no entanto, um aumento deste comportamento em ambos os casos.