Summary: | RESUMO Introdução/justificação A Doença Inflamatória Intestinal (DII) desencadeia múltiplas repercussões na saúde da pessoa, nomeadamente na sua dimensão psicológica. Por sua vez, o impacto psicológico pode funcionar como variável na evolução da doença, potenciando a exacerbação de sintomatologia aguda da doença. A relevância do Enfermeiro na abordagem psicoterapêutica na prevenção da agudização da DII é reconhecida, resultando em melhorias na gestão da doença, com resultados positivos na qualidade de vida e saúde. Objetivos Este estudo teve como objetivos: Identificar quais as necessidades percecionadas pela pessoa com DII; Conhecer os instrumentos de avaliação que permitem a identificação/monitorização de alterações da dimensão psicológica; Avaliar os efeitos da abordagem centrada na dimensão psicológica na prevenção da agudização da DII; Identificar a função do Enfermeiro enquanto elemento da equipa multidisciplinar; Compreender a intervenção do Enfermeiro na promoção da saúde da pessoa com DII. Métodos Para tal recorreu-se à estratégia metodológica P[I][C]OD na elaboração da questão de investigação: "Qual a abordagem centrada na dimensão psicológica na prevenção da agudização da DII no adulto?". A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados: MedicLatina, MEDLINE, Psichology and Behavioral Sciences Collection, CINAHL e Academic Search, disponíveis na plataforma EBSCOhost,ccom horizonte temporal de janeiro de 2010 a maio de 2019, da qual resultaram 5 artigos para análise das evidências. Resultados Os resultados evidenciaram que: a iliteracia é um fator indutor de sofrimento psicológico, sendo a informação em saúde relevante para a adoção de estratégias de coping; a utilização de instrumentos de avaliação simples permitem ao enfermeiro a identificação de fatores de risco para alterações do foro psicológico; a terapia cognitivo-comportamental de terceira geração Mindfulness-based Cognitive Therapy (MBCT) revela produzir efeitos psicoterapêuticos; o enfermeiro, enquanto elemento integrante da equipa multidisciplinar, deve adotar competências relacionais promotoras de respeito, empatia e confiança de forma a criar parceria nos cuidados. Conclusões Concluiu-se que uma avaliação clínica holística, respeitando a individualidade da pessoa, fornecendo cuidados de enfermagem de qualidade e atribuindo igual relevância à dimensão psicológica, oferece desta forma uma abordagem psicoterapêutica na prevenção da agudização da DII obtendo ganhos em saúde.
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