Qualidade do sono em alunos do ensino superior e suas condicionantes

O sono é um processo natural que influencia o estado de saúde do ser humano. Estudos epidemiológicos relatam uma tendência mundial de duração do sono abaixo da ideal e uma má qualidade do sono em paralelo diversas patologias, nomeadamente a obesidade, Diabetes Mellitus, doenças cardiovasculares, dis...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Sanches, Helena (author)
Outros Autores: Pereira, Ana Maria Geraldes Rodrigues (author), Fernandes, António (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/25235
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/25235
Descrição
Resumo:O sono é um processo natural que influencia o estado de saúde do ser humano. Estudos epidemiológicos relatam uma tendência mundial de duração do sono abaixo da ideal e uma má qualidade do sono em paralelo diversas patologias, nomeadamente a obesidade, Diabetes Mellitus, doenças cardiovasculares, dislipidemias e depressão. Uma má qualidade do sono além de comprometer o rendimento académico, provoca diminuição do funcionamento cognitivo, psicomotor e emocional (Mendes et al., 2019). O stress académico e algumas características sociodemográficas são alguns dos fatores relevantes na redução da qualidade do sono de estudantes no ensino superior (Benavente et al., 2014). Objetivos: Analisar a qualidade do sono em estudantes do ensino superior. Averiguar a existência de correlação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e a qualidade do sono e identificar fatores sociodemográficos diferenciadores da qualidade do sono em alunos do ensino superior. Metodologia: Estudo de caráter transversal, analítico, observacional e quantitativo, baseado numa amostra não probabilística com efeito bola de neve (snowball sampling), tendo participado 115 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e 42 anos. Aplicou-se a versão portuguesa do Índice da qualidade do sono de Pittsburgh (João et al., 2017) a 115 alunos do ensino superior e recolhidos dados sociodemográficos. Resultados: Cerca de 89,6% participantes apresentavam uma má qualidade do sono e 58,3% uma má qualidade do sono subjetiva, apesar de, no PSQIPT, 76,5% dos inquiridos apresentarem uma eficiência de sono superior a 85%. Não houve relação entre o IMC, a qualidade do sono e as suas componentes, o mesmo se verificou entre o IMC e os fatores sociodemográficos. Foram observadas correlações entre os fatores sociodemográficos (idade, nacionalidade, distrito, ano no ensino superior) e as componentes do sono (latência). Conclusões: Verificou-se que a maioria dos alunos apresentava uma má qualidade do sono, sendo pertinente implementar programas de atuação de forma a melhorar os hábitos de sono e suas condicionantes, minimizando as consequências inerente à má qualidade do sono.