Promover comunicação e linguagem em NEE através da expressão musical

As limitações ao nível da comunicação e linguagem são apontadas como uma característica das crianças com deficiência mental (DF). Neste sentido, e através de um estudo realizado no âmbito de um estágio procurou-se explorar e refletir sobre a importância da expressão musical nas actividades de enriqu...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pinho, Ana Patrícia de Almeida (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/10438
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/10438
Descrição
Resumo:As limitações ao nível da comunicação e linguagem são apontadas como uma característica das crianças com deficiência mental (DF). Neste sentido, e através de um estudo realizado no âmbito de um estágio procurou-se explorar e refletir sobre a importância da expressão musical nas actividades de enriquecimento curricular (AECs) e o sistema aumentativo e alternativo da comunicação (SAAC) como promotores de comunicação e linguagem junto de uma criança com deficiência mental. A expressão musical associada aos símbolos pictográficos para comunicação (SPC) permitiu que o aluno com défice cognitivo global grave, em particular, aumentasse a sua interacção social e as trocas comunicativas com o professor, favorecendo a otimização do seu processo ensino-aprendizagem. As estratégias globais de intervenção foram a observação direta constante e a articulação com o Professor de Educação Especial, o Professor Titular de Turma, as Auxiliares de Educação, a Terapeuta da Fala, os Familiares e os próprios colegas da Unidade de Apoio Especializado à Multideficiência (UAEM). Adaptou-se material para a leccionação da Expressão Musical, nomeadamente, rádio, músicas da atualidade, loto sonoro registado e um criado e adaptado pela mestranda. Usaram-se instrumentos musicais, um dado musical e placas com símbolos musicais. Inicialmente, o aluno tinha dificuldades na associação imagem-som e palavra–som, e na expressão verbal de cada uma delas. Contudo, no final, a prática constante e a manipulação dos materiais possibilitou a mudança ao nível semântico, verificando-se que a criança se tornou capaz de identificar e criar imagens e acções; ao nível morfossintáctico, de fazer frases pequenas e simples, embora não respeitando concordância em género e número; ao nível fonológico, de articular verbalmente (omitindo o fonema [r]; porém, no final das atividades implementadas, a omissão era muito menos frequente). Houve uma evolução notória, que a utilização do Sistema de Acompanhamento de Crianças (SAC) ajudou a identificar e ilustrar. Este instrumento permite observar, planear, agir, comunicar e articular com pais e técnicos, as necessidades, capacidades e interesses da criança, de forma a promover-se o processo ensino-aprendizagem.