Summary: | O melanoma é o cancro cutâneo com maior mortalidade e a sua incidência tem vindo a aumentar nas últimas três décadas. Uma vez metastizado, as taxas de sobrevivência no primeiro ano são de 33%, sendo as terapêuticas até então, ineficazes. No entanto, muito trabalho científico tem vindo a ser desenvolvido e novos alvos terapêuticos têm sido propostos. O aprofundamento do conhecimento da biologia do melanoma contribuiu para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e para uma mudança no prognóstico destes doentes. A última década tem sido a era da terapêutica dirigida no melanoma e os resultados revolucionaram o tratamento desta doença. Há novas perspetivas e novos fármacos aprovados. No que diz respeito à terapêutica dirigida, inibidores dos recetores BRAF, MEK ou NRAS são hoje o centro da investigação na terapêutica do melanoma. A investigação na imunoterapia deu, também, os seus avanços e fármacos como o ipilimumab mostraram resultados muito positivos. Os novos fármacos resultaram do aprofundamento do conhecimento das vias moleculares do melanoma, sendo a patogénese melhor conhecida. A combinação das novas terapêuticas é a nova esperança para estes doentes. Este trabalho tem o objetivo de fazer uma revisão da literatura mais recente, com vista à sumarização dos conhecimentos obtidos até agora.
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