Medo de cair em pessoas com insuficiência renal crónica terminal

Enquadramento: A Insuficiência Renal Crónica Terminal (IRCT) implica a realização de hemodiálise ou diálise peritoneal. A diálise apresenta vários riscos que afetam a qualidade de vida das pessoas, sendo um deles o risco de queda, que está associado à fragilidade após os tratamentos. Após uma queda...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cardoso, Catarina Henriques Mourela (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/13253
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/13253
Description
Summary:Enquadramento: A Insuficiência Renal Crónica Terminal (IRCT) implica a realização de hemodiálise ou diálise peritoneal. A diálise apresenta vários riscos que afetam a qualidade de vida das pessoas, sendo um deles o risco de queda, que está associado à fragilidade após os tratamentos. Após uma queda é frequente uma pessoa ter medo de cair. Esta percepção de medo pode contribuir também para o risco de queda, acabando por ser tornar um ciclo vicioso. O medo de cair tem sido pouco estudado na população com IRCT. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar o medo de cair na população com IRCT e a sua relação com características sociodemográficas e clínicas, frequência de quedas, força muscular e equilíbrio funcional. Metodologias: Realizou-se um estudo transversal, do tipo descritivo, comparativo e correlacional, com uma abordagem quantitativa. Utilizou-se um questionário baseado na checklist da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde para recolher dados relativos à caracterização socio-demográfica e clínica e frequência de quedas da amostra. O medo de cair foi avaliado através de uma questão adicionada ao questionário e através da aplicação da Escala de Confiança no Equilíbrio Específica para a Atividade (Escala ABC). Foram recolhidos dados de equilíbrio funcional através do Teste Levantar e Sentar 5 vezes e de força muscular através de um dinamómetro digital isométrico. A análise dos dados foi realizada com recurso a estatística descritiva e inferencial. Resultados: Fizeram parte do estudo 72 participantes com uma média etária 62,29±14,50 anos. A análise da relação do medo de cair com as características sociodemográficas e clínicas mostrou que este varia em função da idade, do agregado familiar, do apoio recebido, do uso de dispositivo de apoio, da perceção de sobreproteção, da perceção de saúde mental e emocional, da atividade física e do número de quedas. A análise revelou ainda uma correlação significativa entre o medo de cair e o equilíbrio funcional e a força muscular. Conclusões: O presente estudo contribui para o atual conhecimento científico sobre o medo de cair nas pessoas a realizar diálise, uma vez que esta variável foi pouco estudada nesta população.