Efeitos da Manipulação da Relação Numérica e do Espaço de Jogo na Posse de Bola em Diferentes Escalões Etários no Futebol

objetivo desta investigação foi verificar os efeitos da variação da relação numérica e do espaço do jogo na carga externa, percepção de esforço e na ação tática individual do passe em jovens jogadores de futebol Sub-11, Sub-15 e Sub-23. Para isso, jogos reduzidos 4v2, 4v3, 4v4, 4v5 e 4v6 em posse de...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Nunes, Nuno André Pinto (author)
Formato: doctoralThesis
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/12074
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/12074
Descrição
Resumo:objetivo desta investigação foi verificar os efeitos da variação da relação numérica e do espaço do jogo na carga externa, percepção de esforço e na ação tática individual do passe em jovens jogadores de futebol Sub-11, Sub-15 e Sub-23. Para isso, jogos reduzidos 4v2, 4v3, 4v4, 4v5 e 4v6 em posse de bola foram utilizados em diferentes espaços (pequeno, médio e grande). Em igualdade numérica (4v4), os resultados mostraram que a corrida de alta intensidade foi promovida em áreas de jogo maiores, onde os Sub-11 também foram capazes de executar mais ações de passe. Por outro lado, os Sub-23 realizaram mais ações de passe em áreas menores, onde os Sub-11 percecionaram o exercício mais intenso. Na análise da relação numérica, jogar em situações de alta inferioridade (4v2 e 4v6) aumenta a exigência física da equipa em número reduzido, enquanto formatos de baixa superioridade podem ser utilizados para ajustar a complexidade da tarefa enquanto se desenvolvem as ações táticas individuais de passe. Ao manipular o tamanho do campo em desigualdade numérica, formatos com áreas de jogo maiores e maior número de jogadores envolvidos estimula a corrida de alta intensidade, enquanto a mesma área com menor número de jogadores incita o desenvolvimento de ações táticas individuais. Também, áreas menores permitem reduzir o ritmo de jogo, especialmente em formatos de menor número. Na análise dos efeitos da idade, jogadores Sub-11 percorreram maiores distâncias em sprint, enquanto os Sub-23 caminharam mais e percecionaram a tarefa mais intensa. Jovens jogadores parecem beneficiar de um nível de oposição mais baixo, permitindo desenvolver as ações táticas individuais de passe sem pressão; inversamente, jogadores mais velhos parecem favorecer de formatos de inferioridade numérica para desenvolver a circulação rápida da bola. Treinadores e profissionais envolvidos no treino e desenvolvimento de jogadores de futebol em todas as faixas etárias devem estar cientes das principais variáveis destacadas nesta investigação antes de planear os treinos.