És tão bondoso quanto dizes ser? o uso de medidas de autorrelato e de desempenho para avaliar a empatia na Dark Tetrad

Sujeitos com traços Dark Tetrad costumam apresentar défices empáticos, especificamente no que diz respeito à empatia afetiva. Por norma, a empatia afetiva tem sido avaliada com recurso ao autorrelato, uma abordagem que tem recebido inúmeras críticas por parte de autores que sugerem a avaliação multi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Joana Gomes (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.1/18145
Country:Portugal
Oai:oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/18145
Description
Summary:Sujeitos com traços Dark Tetrad costumam apresentar défices empáticos, especificamente no que diz respeito à empatia afetiva. Por norma, a empatia afetiva tem sido avaliada com recurso ao autorrelato, uma abordagem que tem recebido inúmeras críticas por parte de autores que sugerem a avaliação multi-método deste construto, com recurso a medidas implícitas por fornecerem uma descrição mais real do funcionamento da empatia. Neste contexto, o principal objetivo do nosso estudo foi analisar a associação entre as medidas de empatia (autorrelato; medidas explícitas) e as de contágio emocional (desempenho; medidas implícitas de reatividade emocional) e os traços da DT. Para o efeito, foram avaliados 113 participantes (76 mulheres), com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos, que responderam aos questionários de autorrelato para avaliação da empatia e duas tarefas de contágio emocional, com recurso a estímulos auditivos e em contexto escrito. Os principais resultados dos instrumentos de autorrelato sugerem que, quando maior presença de traços DT, maiores as dificuldades empáticas, sobretudo ao nível da empatia afetiva. No que se refere às medidas de contágio emocional, observámos que os traços de maquiavelismo e narcisismo se encontravam associados a respostas emocionais incongruentes com os estímulos musicais, verificando-se que face a estímulos emocionais alegres experienciavam emoções negativas e face a estímulos emocionais tristes experienciavam emoções positivas. A mesma incongruência foi registada para todos os traços DT e os estímulos escritos.