Estratégias para combate e gestão das térmitas nos Açores

As térmitas estão perfeitamente estabelecidas nos Açores e constituem já uma praga de dimensões apreciadas nas zonas urbanas. Com base no conhecimento actual, é impossível erradicar as térmitas dos Açores. São conhecidas, actualmente, três espécies de térmitas nos Açores: uma térmita de madeira seca...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Borges, Paulo A. V. (author)
Other Authors: Myles, Timothy G. (author), Lopes, David João Horta (author), Ferreira, Maria T. (author), Borges, Annabella (author), Guerreiro, Orlando (author), Simões, Ana M. (author)
Format: bookPart
Language:por
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.3/1893
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.uac.pt:10400.3/1893
Description
Summary:As térmitas estão perfeitamente estabelecidas nos Açores e constituem já uma praga de dimensões apreciadas nas zonas urbanas. Com base no conhecimento actual, é impossível erradicar as térmitas dos Açores. São conhecidas, actualmente, três espécies de térmitas nos Açores: uma térmita de madeira seca, a Cryptotermes brevis, uma térmita de madeira viva, a Kalotermes flavicollis, e uma térmita subterrânea, a Reticulitermes grassei. Qualquer que seja a estratégia de infestação, todas estas espécies irão causar grandes prejuízos económicos aos açorianos, nas próximas décadas, sendo as formas de combate e gestão diferentes para as três espécies. Com base na investigação científica realizada no último ano, em relação à espécie de térmita de madeira seca, Cryptotermes brevis, torna-se claro que as principais estratégias de gestão passam por: 1) evitar a dispersão das espécies entre ilhas; 2) melhorar as medidas de quarentena para, assim, evitar a entrada de novas espécies no arquipélago; 3) melhorar as técnicas de inspecção e treinar novos inspectores; 4) educar as pessoas para lidarem com a gestão dos insectos alados; 5) tratar o mobiliário com uma série de técnicas recentemente disponibilizadas (Bolhas de gás com CO2 ou N2) ou através do simples uso do frio, bem como do calor do sol; 6) remover as peças de madeira muito infestadas e proceder à sua substituição por peças de metal ou madeira pré-tratada com químicos em autoclave; 7) usar químicos em tratamentos localizados, apenas, quando a infestação tiver um carácter de fraca ou média infestação e ter sempre o cuidado de seleccionar o químico considerado mais adequado com base nos dados experimentais; 8) testar a possibilidade de utilizar medidas de controlo em grande escala, com base no uso de fumigação por gases ou por calor; 9) criar nova legislação.