Resumo: | Nos dias de hoje a Usabilidade e Acessibilidade Web são essenciais para garantir o acesso à Internet a todas as pessoas, principalmente àquelas com mobilidade reduzida ou deficiência que mesmo na atualidade, em indeterminadas situações, são impossibilitadas de alcançar conteúdos por existirem barreiras específicas que lhes impedem o acesso, isto é, que lhes impossibilitam de perceber, entender, navegar, interagir e até criar conteúdos na Web. Por esse facto, nos dias correntes existem comunidades como o World Wide Web Consortium (W3C) que, através da sua Web Accessibility Initiative (WAI), definem diretrizes tais como as Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) e as Accessible Rich Internet Applications (WAI-ARIA), ou mesmo iniciativas governamentais, através de Decretos-Lei, que têm o intuito de reduzir estas barreiras de acessibilidade em diversos contextos, não só na Web mas também diariamente no acesso a instalações, equipamentos, transportes, informação, entre outros, quer de uso público ou mesmo privado e de domínio coletivo. É aqui que entra o conceito de Design Universal, que nada mais é que uma mentalidade que promova a usabilidade e acessibilidade, não como caridade, mas como algo que facilita o acesso a todos, ou seja, um direito comum, através da criação de ambientes, produtos e serviços que possam ser usados comummente independentemente da condição a que se está sujeito. Os Websites da Administração Pública Portuguesa devem ser um exemplo disso mesmo. Acontece, no entanto, que em 2019 apenas 3 dos seus 124 Websites oficiais respeitavam as diretrizes WCAG 2.1, ou mesmo as diretrizes WAI-ARIA 1.1, ao contrário do que indica o Decreto-lei n.º 83/2018 que obriga todos os Websites da Administração Pública a darem resposta às mesmas (Público, 2019). Para eliminar este problema apresentarei um Modelo que visa auxiliar as entidades governamentais na avaliação da Usabilidade e Acessibilidade Web dos seus portais, dando a conhecer e ensinando a aplicar um conjunto de métodos que possibilitam a deteção de erros relativamente ao que aconselham as diretrizes WCAG 2.1 e WAI-ARIA 1.1. Este Modelo será explicado tendo como exemplo de aplicação o Portal Cultura Açores, da Direção Regional da Cultura dos Açores.
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