A crise bancária de Chipre e o Bail-in : estudo de caso, com recurso ao mercado de Credit Default Swaps um ano depois

O bail-in cipriota, ocorrido em 2013, constituiu uma inovação relativa aos moldes de intervenção em instituições do sector bancário. Quase dois anos volvidos, é importante perceber o seu impacto na alteração da percepção do risco de default do país, no sentido de retirar algumas ilações relativas àq...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Vaz, José Alberto Reis (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/19330
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/19330
Description
Summary:O bail-in cipriota, ocorrido em 2013, constituiu uma inovação relativa aos moldes de intervenção em instituições do sector bancário. Quase dois anos volvidos, é importante perceber o seu impacto na alteração da percepção do risco de default do país, no sentido de retirar algumas ilações relativas àquela que será, a partir de 2016, a nova regra de actuação. Para avaliar o risco do país é utilizado o instrumento financeiro Credit Default Swaps (CDS) e para estudar a sua evolução recorreu-se a relatórios sobre os riscos soberanos, produzidos pela Standard & Poor’s, e reproduziram-se modelos econométricos univariados e multivariados de modelação da volatilidade. Este estudo permitiu perceber a evolução do risco cipriota nos anos precedentes e subsequentes à implementação do bail-in, compreendendo factores que influenciaram a sua movimentação (que vão desde factores internos a externos ao país). De entre esses factores é importante salientar o efeito de contágio provocado pela exposição/relação com a Grécia, que se traduz num aumento do risco de Chipre, nomeadamente em prazos mais curtos, indicando que a situação helénica tem influência no risco de curto prazo cipriota. Pela mesma evolução é ainda perceptível que o bail-in não teve o efeito imediato pretendido no risco do país, uma vez que, apesar de uma descida progressiva, permaneceu num nível muito elevado, tendo demorado meses para se verificar um decréscimo mais acentuado, mas que não permitiu voltar a níveis aceitáveis e desejados.